Dra. Sâmara Araceli – Psiquiatra

O que é depressão?

A depressão é um transtorno mental caracterizado por sentimentos predominantes de tristeza, angústia ou desesperança, em que, comumente, há falta de interesse ou perda de prazer para realização das atividades do indivíduo, mesmo as que eram prazerosas.

Diferente das mudanças no humor que todos nós experimentamos, nas pessoas com depressão essas alterações ocorrem na maior parte do tempo, por pelo menos duas semanas. Além disso, ela pode afetar o sono, o apetite e a capacidade de concentração. Estes indivíduos podem experimentar também sentimentos de culpa e baixa autoestima, irritabilidade, falta de energia e, em alguns casos, pensamentos com o conteúdo negativo, como o de que a vida não vale mais a pena.

Uma pessoa está sentada, sozinha e triste, o que pode representar uma pessoa com depressão.

A depressão é uma condição médica que tem tratamento, sendo essencial o suporte adequado para a sua recuperação. Se você ou alguém que você conhece está apresentando sintomas depressivos, é necessário buscar ajuda profissional.

Qual o médico de depressão?

O médico especialista em Depressão é o Psiquiatra.

Dra. Sâmara Araceli é Médica de Depressão em Betim-MG. Atende atualmente no consultório na cidade de Betim-MG.

Dra. Sâmara Araceli é Psiquiatra com graduação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e residência médica em Psiquiatria pela Universidade Estadual Paulista (UNESP).

Para agendar uma consulta com um especialista em Depressão é importante saber quais são as opiniões de outros pacientes que consultaram com o médico. O site Doctoralia é excelente para você ver avaliações sobre um médico Psiquiatra.

Quais são os sintomas de depressão?

  1. Humor deprimido: sentimento persistente de tristeza, angústia, desesperança ou vazio.
  2. Perda de interesse ou prazer em atividades: a pessoa passa a ter pouco ou nenhum interesse ou prazer nas atividades do dia-a-dia, mesmo as que antes eram agradáveis e prazerosas para ela.
  3. Alterações no apetite: pode ocorrer aumento ou diminuição do apetite, perda ou ganho de peso na maior parte das vezes percebida pelo indivíduo, sem outra razão para isso.
  4. Alterações no sono: insônia ou excesso de sono.
  5. Agitação ou lentificação para se movimentar: estar mais lento ou agitado, a ponto de outras pessoas perceberem.
  6. Fadiga ou perda de energia: sensação de cansaço ou que falta a energia para realizar atividades.
  7. Sentimentos de culpa ou inutilidade: sentimentos de culpa em excesso, se sentir inútil, inadequado, sem valor.
  8. Dificuldades para pensar, se concentrar ou tomar decisões: a pessoa pode ter dificuldade em se concentrar, ficar muito indecisa ou custar muito para conseguir tomar decisões.
  9. Pensamentos frequentes de morte: pensamentos com o conteúdo de que a vida não vale mais a pena, e sobre como colocar um fim à própria vida.

Uma pessoa está sentada em uma cadeira, com a cabeça e o corpo reclinados sobre a mesa, demonstrando tristeza. Esta é a aparência de uma pessoa com depressão.

Quais são os tipos de depressão?

A depressão é um transtorno mental que pode se apresentar de diferentes formas, com intensidade e duração variáveis. Existem vários tipos de depressão, com características específicas. Aqui abaixo estão alguns dos principais tipos:

Transtorno Depressivo Maior

  • É caracterizado por episódios depressivos que duram pelo menos duas semanas.
  • É também conhecido como “Depressão unipolar”.
  • Os sintomas incluem: tristeza, desesperança ou vazio profundos, perda de interesse e prazer nas atividades, alterações no sono, apetite e capacidade de concentração, falta de energia, pensamentos de morte.

Transtorno Depressivo Persistente (Distimia)

  • Um tipo de depressão crônica, com duração de pelo menos dois anos.
  • Os sintomas podem ser menos intensos do que no Transtorno Depressivo Maior, mas persistem por períodos mais longos.
  • Na avaliação, o profissional deve identificar se, em algum momento, o indivíduo pode ter apresentado um episódio depressivo maior.

Transtorno Bipolar

  • Caracterizado habitualmente por episódios de depressão de mania ou hipomania que se alternam.
  • Durante os episódios de mania ou hipomania, o indivíduo pode experimentar euforia, aumento de energia, impulsividade, diminuição da necessidade de sono.
  • O tratamento do episódio de depressão nas pessoas que têm transtorno afetivo bipolar é diferente do tratamento do transtorno depressivo maior.

Transtorno Disfórico Pré-menstrual

  • Ocorre em mulheres que apresentam sintomas característicos na semana que antecede a menstruação, que começam a melhorar logo antes da menstruação e se tornam mínimos ou ausentes na semana depois da menstruação.

  • Os sintomas incluem:
    • mudanças acentuadas no humor (sentir-se triste, chorosa ou muito sensível à rejeição),
    • irritabilidade ou raiva,
    • aumento nos conflitos com as pessoas de seu convívio,
    • humor deprimido,
    • ansiedade ou nervosismo intenso,
    • interesse diminuído nas atividades,
    • dificuldade de se concentrar,
    • falta de energia,
    • alteração do apetite,
    • aumento ou diminuição do sono,
    • sentir-se sobrecarregada,
    • sintomas físicos (mamas inchadas, dor muscular ou nas articulações, sentir-se “inchada” ou ganho de peso).

Podem ocorrer também episódios depressivos que são especificados por suas características:

  • Com características atípicas
    • O humor melhora em resposta a acontecimentos positivos reais ou prováveis.
    • Habitualmente cursam com aumento de apetite ou aumento de peso, e aumento do sono.

  • Com início no periparto

A depressão que tem início durante a gestação, nos primeiros dias, semanas ou meses pós parto.

Estima-se que 50% dos episódios depressivos maiores “pós parto” na verdade tiveram início antes do parto.

  • Com padrão sazonal

De forma regular, os episódios depressivos têm relação temporal com determinada estação do ano (habitualmente outono ou inverno).

Melhora completa ocorre em outras estações (por exemplo, ausência de sintomas na primavera).

Uma pessoa caminha sozinha pela praia. Se isolar pode ser um sintoma de depressão.

Esses são alguns exemplos de transtornos depressivos. As pessoas podem apresentar mais de um deles, e ter também sintomas de outros transtornos, como sintomas ansiosos. É necessário ter um diagnóstico correto e o tratamento adequado, que são essenciais nesses casos. Se você ou alguém que você conhece está apresentando um quadro como este, é necessário buscar ajuda profissional.

Como é feito o diagnóstico de depressão?

O diagnóstico de Depressão é realizado por meio de avaliação médica.

Na consulta, serão feitas perguntas quanto ao momento de início dos sintomas, caracterização de sua natureza e intensidade, quais são os prejuízos associados a sua ocorrência e intensidade do sofrimento associado.

É necessário avaliar também se há ocorrência de outros transtornos ao mesmo tempo, como outros transtornos de ansiedade e uso de substâncias.

Abaixo estão alguns passos que normalmente são utilizados no processo diagnóstico da depressão:

  1. Avaliação clínica: entrevista com o médico sobre os sintomas: sua natureza, início, duração, gravidade.
  2. História médica: informações sobre o histórico de outros sintomas físicos e emocionais, tratamentos anteriores, histórico médico de outras doenças, histórico familiar de transtornos mentais.
  3. Critérios diagnósticos e escalas: são ferramentas utilizadas pelos profissionais de saúde mental para avaliar e confirmar se o quadro corresponde à suspeita diagnóstica.
  4. Diagnóstico diferencial: na avaliação, é possível identificar e discernir se há outras condições psiquiátricas ou clínicas que podem cursar com sintomas semelhantes. Podem ser necessários exames laboratoriais para descartar anemia, hipotireoidismo, deficiência de vitaminas e outros, bem como outros tipos de exames conforme a suspeita clínica.

Importância de buscar ajuda profissional:

O diagnóstico de depressão requer uma abordagem individualizada, criteriosa e profissional. É preciso identificar os fatores de natureza física, psicossocial e outros envolvidos no processo de adoecimento, para uma abordagem completa e resolutiva. Tentar resolver a depressão por conta própria, ou fazer o uso de medicamentos que não foram prescritos por um médico, pode não promover a melhora dos sintomas. Pode ser, até mesmo, prejudicial. Se você ou alguém que você conhece está apresentando sintomas depressivos, é necessário buscar ajuda profissional.

Uma médica psiquiatra e sua paciente com depressão estão em pé, de mãos dadas, sugerindo acolhida e cuidado.

Tratamento para depressão? O que é bom para tratar depressão?

O tratamento para depressão envolve alguns passos que devem ser feitos em conjunto, para se obter o melhor resultado.

  • Avaliação médica e orientações

Ao se realizar a avaliação médica e o diagnóstico, o médico irá explicar sobre a depressão, especialmente sobre suas características, como funciona sua abordagem e quais os objetivos  e metas do tratamento.

  • Uso de medicamentos

Sempre que necessário, serão prescritos medicamentos que irão auxiliar na melhora do quadro depressivo.

  • Psicoterapia

Em muitos casos, o acompanhamento com um psicólogo em psicoterapia será muito importante para a melhora, uma vez que será possível identificar padrões de pensamentos negativos e aprender formas e habilidades para lidar com estes pensamentos, bem como o estresse.

  • Alimentação e suplementação

Caso necessário, devem ser realizados ajustes na alimentação e reposição de vitaminas.

  • Exercício físico

Sempre que possível, a prática de atividade física de forma regular estará recomendada e irá auxiliar na melhora do quadro depressivo.

A imagem mostra as pernas de uma pessoa correndo em um parque. O exercício físico faz parte do tratamento para depressão.

  • Suporte social

Contar com a ajuda de familiares, amigos e grupos de apoio é muito importante, pois o suporte emocional desempenha um papel fundamental na melhora da depressão.

  • Acompanhamento regular e risco de recaídas

Muitas pessoas, após apresentarem uma melhora incompleta dos sintomas depressivos, interrompem o uso dos medicamentos e não continuam a fazer o acompanhamento regular. Isso pode contribuir para a ocorrência de recaídas, que podem ser muito comuns na Depressão. O profissional poderá determinar o intervalo entre as consultas mais adequado, de acordo com a evolução do tratamento.

Se você ou alguém que você conhece está apresentando sintomas depressivos e percebe que precisa de avaliação e tratamento, sugiro buscar ajuda profissional.

Medicamentos para depressão viciam?

Muitas pessoas acreditam que os “medicamentos dos psiquiatras” viciam, ou que, se comparecerem à consulta, serão prescritos “calmantes”, dos quais ficarão dependentes para o resto da vida. A verdade é que a maior parte dos medicamentos utilizados no tratamento da Depressão não causa dependência química. Existem alguns medicamentos que podem causar dependência química quando utilizados de forma errada: muitas vezes, são passados em situações que não seriam necessários, ou, quando estavam indicados, foram utilizados com uma maior frequência, por um tempo maior ou em uma dose maior do que seria recomendado.

Esse é um dos motivos pelos quais é importante passar por uma avaliação adequada com um profissional bem preparado. Durante a consulta, é importante esclarecermos todas as dúvidas, inclusive estas, relacionadas aos medicamentos. Recomendo também que os medicamentos sejam utilizados exatamente como foram prescritos, sem que seja realizado aumento de dose ou de frequência por conta própria, ou que o tempo de uso ultrapasse aquele que foi determinado nas consultas durante o acompanhamento.

Um vidro de medicamentos com alguns medicamentos do lado de fora. Na maioria das vezes, medicamentos são necessários no tratamento da depressão.

Leia também:

Psiquiatra – quem é este médico? – Dra. Sâmara Araceli

Ansiedade: sintomas, diagnóstico e tratamento – Dra. Sâmara Araceli

Transtorno obsessivo compulsivo (TOC): o que é e como tratar

E ainda:

Depressão – Biblioteca Virtual em Saúde

Depressão – Distúrbios de Saúde Mental – MSD Manuals

Depression – Cleveland Clinic

Depression – Symptoms & causes – Mayo Clinic

Depression – Diagnosis & treatment – Mayo Clinic

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